O CEO da McLaren indicou que não havia motivo para gastar demais e pediu punições duras para os infratores.
Por: Mel Ribeiro, Setorista.
Nos últimos dias, veio à tona a informação de que a Red Bull violou o limite do teto orçamentário de 2021 além de ter cometido, também, uma infração processual. A Aston Martin se enquadrou no último quesito, mas sem problemas com os gastos excessivos.
Sendo assim, tendo apenas divulgado ditas informações e nada a respeito das punições, a FIA está sob os olhares não só da mídia, mas principalmente das escuderias que seguiram o regulamento.
Tanto a equipe austríaca quanto a inglesa possuem a possibilidade de aceitar um Acordo de Violação Aceito se estiverem de acordo com as investigações da entidade, mas, também podem recorrer através do painel de Adjudicação de Limite de Custo.
Dessa maneira, levando em consideração o cenário atual e acreditando firmemente que o assunto não pode ser esquecido, Zak Brown decidiu enviar uma carta tanto à FIA, quanto a todos os times dentro dos conformes com as regras. Confira abaixo:
"A violação de gastos excessivos e, possivelmente, as violações processuais, constituem trapaça, oferecendo uma vantagem significativa nos regulamentos técnicos, esportivos e financeiros. O resultado final é que qualquer equipe que tenha gasto demais ganhou uma vantagem injusta tanto no desenvolvimento do carro atual quanto no do ano seguinte. A FIA realizou um processo extremamente completo, colaborativo e aberto, até recebemos um ensaio geral de um ano com ampla oportunidade de buscar qualquer esclarecimento se os detalhes não estivessem claros. Portanto, não há razão para qualquer equipe dizer agora que eles estão surpresos. Não sentimos que uma penalidade financeira por si só seria uma penalidade adequada para uma violação de gastos excessivos ou uma violação processual grave, claramente precisa haver uma penalidade esportiva nesses casos, conforme determinado pela FIA. Sugerimos que o gasto excessivo seja penalizado por meio de uma redução no limite de custos da equipe no ano seguinte à decisão e a penalidade seja igual ao gasto excessivo mais uma multa adicional, ou seja, um gasto excessivo de U$2 milhões em 2021, que é identificado em 2022, resultaria em uma dedução de US$4 milhões em 2023 (US$2 milhões para compensar o gasto excessivo mais US$2 milhões de multa). Para o contexto, US$2 milhões são de 25 a 50% de atualização para o orçamento anual de desenvolvimento de carros e, portanto, teriam um benefício significativo positivo e duradouro. Além disso, acreditamos que deve haver uma pequena redução de 20% no tempo do CFD e do túnel de vento. Estas deveriam ser aplicadas no ano seguinte, para mitigar a vantagem injusta que a equipe tem e continuará a se beneficiar. Para evitar que as equipes acumulem e se beneficiem do efeito multiplicador de várias violações menores de gastos excessivos, sugerimos que uma segunda violação menor de gastos excessivos mova automaticamente a equipe para uma violação grave. Finalmente, dadas as finanças envolvidas, um limite de 5% para uma pequena violação de gastos excessivos parece uma variação muito grande, sugerimos que um limite inferior de 2,5% seja mais apropriado."
O CEO também acrescentou:
“Agora que entendemos a situação de gastos de várias equipes, devemos comunicar ações e penalidades subsequentes em ritmo para manter a integridade da F1 e as regras que ela segue. É fundamental que o limite orçamentário continue a ser regido de maneira altamente transparente, tanto em termos de detalhes de quaisquer violações quanto de penalidades relacionadas. Também será importante entender se, após o primeiro ano completo de execução e investigação do esquema, é necessário haver mais clareza sobre certos assuntos ou quaisquer aprendizados importantes. Novamente, quaisquer insights ou aprendizados devem ser compartilhados entre TODAS as equipes - não pode haver espaço para brechas."
Para encerrar seu comunicado, Zak se referiu a um comentário realizado recentemente por Martin Brundle - comentarista da Sky Sports F1 - no qual ele disse que "o limite de custos havia sido brilhante e uma pedra angular do motivo pelo qual a Fórmula 1 está em um lugar melhor hoje do que, na minha opinião, jamais esteve".
"Estou totalmente de acordo com Martin, de fato, a introdução do limite de custos foi uma das principais razões pelas quais atraímos novos acionistas e investidores para a F1 nos últimos anos, pois eles a veem como uma maneira de impulsionar a feira financeira e esportiva. Portanto, é fundamental que sejamos muito firmes na implementação das regras para a integridade e o futuro da F1."
zack brown acertou na mosca !!!! é isso ai senão vai virar palhaçada