O piloto da Red Bull conquistou sua primeira pole na Espanha e segue liderando com folga. Enquanto isso, seu companheiro enfrenta a pressão de Helmut Marko.
Por: Jamile Salomão, Setorista.
O GP da Espanha já tem sido considerado o melhor da temporada até o momento por proporcionar, do P2 até o final do grid, boas disputas e uma Mercedes mostrando que suas atualizações vieram para incomodar. Com carros mais rápidos e algumas confusões com a resposta à pista muito semelhante entre pneus duros e médios, o fim da chicane no circuito deixou a corrida mais interessante.
A RBR liderou os treinos livres com Max e viu a qualificação começar com ameaça de chuva e congestionamento na saída dos boxes pela ansiedade de todos os pilotos em conseguir uma excelente volta antes do pé d’água. Pierre Gasly ditou o ritmo inicial com uma volta de 1:14.618 e mostrou que a Alpine segue na briga para se tornar a quarta potência do Campeonato de Construtores. Ainda no Q1, bandeiras vermelhas e excesso de brita na pista fizeram com que os taurinos não conseguissem marcar bons tempos de cara. Verstappen conseguiu 1:13.615 uns oito minutos após a liberação da pista e Checo, após troca de pneus para o composto macio, conseguiu marcar o quarto tempo da sessão.
O Q2 foi mais tranquilo para o holandês, que foi o primeiro a voltar pra pista e conseguiu o impressionante tempo de 1:12.760. Pérez, por sua vez, após um erro na curva 5 acabou parando na brita e não teve pneus "limpos" o suficiente para tentar uma volta melhor na sua última chance e terminou eliminado, com um amargo P11. O Q3 veio selar a boa performance do bicampeão, que com um novo composto de pneus macios conquistou a pole provisória logo no início da sessão. Tentou baixar mais o tempo, mas acabou sendo informado pela equipe que não precisaria desgastar o carro já que o P2 Carlos Sainz estava quase meio segundo atrás. Sendo assim, Max conquistou sua pole número 24 na carreira e a primeira em Barcelona.
A corrida foi excelente para o piloto que depois de uma ótima largada abriu facilmente boa diferença para o segundo lugar, deixando o grid livre para nos presentear com uma prova cheia de boas disputas, ultrapassagens e a redenção da Mercedes. Verstappen fez a pole (1:12.818) com tempo 5.932s menor que Leclerc no último ano, além de ter cravado a volta mais rápida (1:16.330). O holandês não segurou o pé nem quando orientado por seu time, após ameaça de sofrer uma advertência por ter excedido os limites do traçado e garantiu um ponto extra pela volta mais rápida. Detalhe é que esse ponto extra seria de seu companheiro Sergio Pérez, que acabou perdendo mais uma vez para Max. Parece que a disputa interna segue acirrada e que o mexicano continua com dificuldades na comunicação estratégia x Red Bull.
O carro número 11 alcançou seu parceiro de equipe rapidamente. Na volta 26 já era segundo colocado nos fazendo acreditar que veríamos novamente a dobradinha da Red Bull no pódio da Espanha, mas, na volta 28, em sua troca de pneus o mexicano caiu para a nona colocação e precisou se esforçar mais uma vez para conquistar posições chegando ao P3. Na curva 51, Pérez - que estava em terceiro lugar - teve que entrar no box para uma última troca de compostos e acabou caindo para a quinta colocação. Em uma excelente manobra logo em seguida, ultrapassou Sainz e ficou mais perto de conseguir seu pódio. Contudo, o feito foi impedido pelas boas defesas de George Russell. Checo, que largou em P11, conseguiu escalar bem durante a etapa terminando em um incrível P4 e somando pontos ao Campeonato de Construtores.
A corrida terminou com pódio duplo para os mercedistas (Hamilton em P2 e Russell em P3) e o lugar mais alto para a Oracle Red Bull Racing. Em entrevista pós-corrida, Verstappen disse:
"O carro estava muito bom, a classificação começou um pouco complicada com o clima, mas no Q3 o carro estava nos trilhos. Foi muito agradável pilotar hoje, em amo a pista, amo os fãs, tenho ótimas lembranças daqui."
Comments