Logo no começo da temporada, a principal equipe entra em crise e as especulações começam a surgir pelo Paddock.
Por: Júlia Arruda, Setorista.
Após a primeira corrida da temporada, diversos boatos e especulações impactaram a Fórmula 1 e seus arredores. Com a polêmica envolvendo o chefe da Red Bull, Christian Horner, Jos Verstappen - pai de Max - quer que o chefe da equipe se retire e até ameaça tirar o filho da RBR caso a mudança não ocorra. Paralelamente a isso, o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Mohammed Ben Sulayem, é investigado por suposta manipulação de resultados.
Recapitulando…
No começo de fevereiro, Christian Horner foi acusado de assédio sexual por uma funcionária da Red Bull. O chefe da equipe até tentou um acordo, oferecendo 650 mil libras pelo silêncio da mulher, que negou a proposta. Pouco antes da temporada começar, o britânico foi "inocentado" das acusações por falta de provas, mas nos treinos livres do Bahrein um e-mail anônimo vazou supostas evidências que o incriminavam. Enquanto a FIA investiga o caso, Jos Verstappen quer que o chefe do time saia do cargo, evitando problemas para o filho.
Crise na Red Bull
Em entrevista ao Daily Mail, Jos afirmou que "há uma tensão aqui (RBR) enquanto ele (Horner) permanecer no cargo". O pai de Max ainda alertou que a Red Bull fica vulnerável enquanto Christian continuar no poder:
"O time corre risco de rachar. Não pode seguir do jeito que está, vai explodir. Ele está se fazendo de vítima, quando ele é quem está causando problemas".
Com a declaração, especulações surgiram apontando Verstappen pai como o autor das provas anônimas contra o britânico, mas ele negou dizendo que “não tem interesse nisso”.
Além de Jos, o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem também reclamou do "caso Horner", afirmando que a situação está "prejudicando o esporte". O jornal holandês De Telegraaf divulgou que Sulayem pediu para que o atual tricampeão apoiasse o chefe de equipe publicamente, mas o piloto negou.
E não para por aí. Junto com Jos e Sulayem, a Ford - futura parceira da RBR e RB em 2026 - criticou a falta de transparência no caso. Junto a ela, Mercedes e McLaren pediram para que a Fórmula 1 se posicione. Criou-se um ruído de que a relação entre Ford e Red Bull ficou estremecida após os últimos eventos, mas a montadora não se manifestou publicamente, o que infundou o boato.
Verstappen na Mercedes?
Assim que foi divulgada a saída de Lewis Hamilton da Mercedes no final da temporada, as especulações sobre quem seria o novo nome da equipe começaram a todo vapor. Entre eles, Max Verstappen. Com todos os rumores envolvendo o futuro da Red Bull, que está em crise, o holandês apareceu como possível candidato à vaga da equipe alemã em 2025.
Depois da etapa em Sakhir, Jos Verstappen foi visto conversando com Toto Wolff, chefe da Mercedes, reforçando os boatos de uma possível ida de Max para a equipe rival. Verstappen está na Red Bull desde sua estreia na categoria, em 2015. O contrato do holandês com a RBR vai até 2028, porém, com uma cláusula que permite o piloto a sair imediatamente da equipe caso Helmut Marko - consultor da escuderia austríaca - saia também. Quando questionado sobre o assunto, Marko não se manifestou sobre as declarações de Jos, mas foi enfático na sua postura sobre o futuro do piloto holandês:
"No que me diz respeito, não vou ficar no caminho de Max".
Escândalo de manipulação
No meio de todo o caos na Red Bull, o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, está sendo alvo de investigações após uma tentativa de fraude no GP da Arábia Saudita em 2023. Na ocasião, Fernando Alonso recebeu 10s de punição após a bandeirada, o que o fez quase perder seu centésimo pódio. Porém, de acordo com a BBC, os comissários voltaram atrás na decisão seguindo uma exigência do presidente. Por hora, a Federação Internacional de Automobilismo está investigando o caso para tomar as medidas cabíveis.
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