Quem vê o atual líder do Campeonato Mundial disputando ferozmente a pole e vitória nas pistas nem sempre consegue enxergar o lado humano do piloto fora delas, mas a pausa forçada da categoria tem dado oportunidades dele mostrar seu coração afetuoso para o mundo.
Por: Jamile Salomão, Setorista.
Nascido numa família de automobilistas, desde a infância o destino de Max Verstappen caminhou na direção dos carros velozes. Seu pai, Jos Verstappen, já admitiu em diversas entrevistas que pode ter sido “duro demais” quando o assunto é a educação do filho, mas ressalta a importância dessa rigidez para que o piloto se tornasse mais maduro e atingisse as metas estabelecidas. Uma das histórias mais comentadas, por exemplo, é a da vez que o ex-piloto deixou Max sozinho num posto de gasolina após ele ter errado bruscamente numa prova de kart. Na ocasião, o holandês teve que ser socorrido por sua mãe, Sophie-Marie Kumpen.
Por mais “discutível” que tenha sido a criação do piloto, os meios se justificaram bem cedo, quando aos 17 anos Max se tornou titular do assento na Toro Rosso na Fórmula 1. De lá pra cá, sua trajetória foi de crescimento, glória e polêmicas na maneira de guiar seus bólidos.
Verstappen sempre foi conhecido por sua maneira agressiva de pilotar, apesar de sempre demonstrar 100% de estratégia, foco e resiliência física e emocional. Seus colegas de equipe costumam se incomodar pelo fato de não terem oportunidade de mostrar seu melhor por Max manter-se na posição de piloto número 1 e, além disso, suas disputas acirradas com o heptacampeão Lewis Hamilton nos últimos anos deixaram ainda mais quente as constantes discussões entre Mercedes e Red Bull Racing.
Dentro e fora das pistas, o holandês sempre demonstrou ter ótima relação com seu antigo colega de time, Daniel Ricciardo. Os fãs adoravam as interações entre os dois no paddock e materiais de divulgação da equipe, até mesmo intitulando a dupla como “Maxiel”. Em 2023, após uma temporada de muitas conquistas para Max que ocasionaram a chegada do segundo título de Campeão Mundial, Ricciardo voltou à RBR como uma espécie de apaziguador de ânimos. Dessa maneira, os holofotes se voltaram para o piloto reserva e sua excelente relação com o número 1 da casa.
De fato, com o retorno do australiano à escuderia, pudemos ver o clima mais leve e bem humorado voltar aos bastidores, trazendo ainda mais humanização à imagem de Max Verstappen. Mas não é apenas essa relação que tem dado ao piloto espaço nas mídias.
Verstappen tem um relacionamento de 3 anos com a modelo Kelly Piquet e nos últimos meses as fotos dele com sua enteada Penelope, também de 3 anos, tem encantado fãs e não fãs do atleta. Em entrevista recente, sua namorada disse que a relação dos dois é muito especial e que Max é um excelente padrasto. Muitos já sabiam de seu carinho e boas relações com crianças por conta dos cliques com seus sobrinhos, mas o estreitamento de sua relação com Pe tem deixado até quem não gosta do piloto com o coração mole.
A última cena, viralizada nas redes, é de uma transmissão ao vivo onde Max está com amigos fazendo corridas virtuais em seu simulador e Penelope tenta por várias vezes chamar a atenção do piloto fazendo carinho, mostrando objetos, chamando o rapaz para brincar e até interagindo com os colegas do outro lado da tela quando se reconhece nos monitores.
Teria Max Verstappen atingido a maturidade que muitos esperavam e conseguido encontrar uma brecha para demonstrar seu lado humano dentro e fora das pistas? As férias forçadas da Fórmula 1 parecem revelar que sim, porém, vamos aguardar os próximos capítulos deste ano a partir da próxima corrida, no Grande Prêmio do Azerbaijão, no dia 30 de abril.
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