Em busca de deixar de lado o status de segundo piloto, Pérez acredita que o campeonato está aberto, mas vê os seus abandonos como seu principal problema na primeira parte do campeonato.
Por: Alini Chaves, Setorista.
Após a saída de Daniel Ricciardo e tentativas com Pierre Gasly e Alex Albon, a Red Bull procurava um companheiro à altura de Max Verstappen. Vindo de um dilema que colocou sua permanência na Fórmula 1 em risco, Sergio Pérez foi contratado pela equipe austríaca.
A equipe nunca fez questão de esconder que Checo ocuparia o lugar como segundo piloto. Essa posição ficou ainda mais visível durante o campeonato de 2021, o ano em que Verstappen se tornou campeão mundial. Mesmo com um desempenho que não foi considerado tão bom quanto o esperado, Pérez conseguiu ajudar o seu companheiro de equipe em diversos momentos importantes durante a busca pelo título do Mundial de Pilotos.
Logo no início da temporada de 2022, Pérez deixou claro que queria brigar pelo campeonato mundial. Com resultados melhores que os do ano anterior, o mexicano conseguiu até conquistar uma vitória em Mônaco, mas mesmo com o grande feito, ele ainda não conseguiu acompanhar o ritmo de seu companheiro de equipe até o fim da primeira parte da temporada.
Segundo o piloto, o seu maior problema na primeira parte do campeonato foram os abandonos durante as corridas.
“O que tem realmente ‘matado’ a minha primeira metade da temporada têm sido os DNFs, para ser honesto. Sem esses DNFs, o meu campeonato teria um aspecto muito diferente do que é agora."
Ele pontuou também que após as recentes atualizações trazidas pela equipe, não vem se sentindo muito confortável com o carro.
“No início da temporada, eu tinha velocidade máxima. Agora desenvolvemos ainda mais o carro e ele não combina mais com meu estilo de pilotagem."
O mexicano afirmou que vem trabalhando para conseguir se adaptar o mais rápido possível, mas exaltou a busca pela perfeição que a RBR possui.
“Tenho que me acostumar o mais rápido possível e espero que sigamos mais na direção que tínhamos no início da temporada”, disse ele.
"Acho que o nível de perfeição que a equipe busca a cada final de semana (mais impressiona). Se vencermos tal fim de semana, há muitas coisas que podem ser melhoradas. Estamos sempre buscando ir ao limite, e acho que a Red Bull, como equipe, é a única nesse aspecto", evidenciou.
Mesmo com uma vantagem de 80 pontos por parte de Max, Sergio ainda vê o campeonato como “aberto” e acredita na possibilidade de se tornar campeão mundial este ano.
“Penso que tem sido uma primeira metade de temporada muito boa, muito completa, juntando boas corridas, bons resultados e claro, boa consistência [...]. Penso que ainda está tudo aberto no campeonato”, concluiu o piloto mexicano.
Questionado se sente “inveja” do seu companheiro de equipe, Checo negou e disse que ambos ficam felizes pelos resultados do outro.
“Acho que no passado eu já senti inveja de companheiros de equipe. Porque você obviamente quer ganhar, mas quando o cara ao seu lado ganha você tem que dar crédito, ele foi melhor do que você, ele venceu e você tem que aceitar isso e também sentir orgulho do seu companheiro de equipe”, contou Pérez.
“E acho que nem todos conseguem aceitar isso. Mas acho que conosco, quando eu ganho, quando o Max ganha, sempre ficamos felizes um pelo outro e isso é algo bom entre nós”, finalizou o mexicano.
Atualmente, Sergio Pérez ocupa o terceiro lugar no campeonato de pilotos com apenas 5 pontos de diferença para o vice-líder do campeonato, Charles Leclerc.
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