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Sebastian Vettel anuncia aposentadoria no final de 2022

O tetracampeão mundial afirmou que a decisão foi difícil e que o motivo é a família.


Por: Isabela Corrêa, Setorista.


Foto: Divulgação/Aston Martin F1

Seb fez sua estreia na F1 em 2007, tendo um ápice na sua carreira nos anos com a Red Bull vencendo consecutivamente os títulos entre 2010 e 2013. Em 2015, ele foi para a Ferrari e após 6 anos se juntou à Aston Martin, sua atual equipe desde 2021.


A notícia deixa uma incógnita no ar sobre quem será o substituto para correr ao lado de Lance Stroll.


"A decisão de aposentar foi difícil para mim, e eu passei muito tempo pensando sobre isso", disse Vettel em um comunicado divulgado na Aston Martin.

"No fim do ano, quero tirar um tempo para refletir sobre no que eu focarei no próximo ano; é muito claro para mim que, como pai, quero passar mais tempo com minha família. Mas hoje não é sobre adeus. Na verdade, é sobre dizer obrigado, a todos, não somente aos fãs, que, sem sua paixão, a F1 não existiria", acrescentou o piloto alemão.

O comunicado veio através de um vídeo publicado no perfil de Sebastian, no Instagram do piloto. Confira a tradução abaixo:


"Eu amo esse esporte. É uma parte central da minha vida desde que me lembro, mas apesar de haver muita vida na pista, há minha vida fora dela também. Ser um piloto nunca foi minha única identidade. Eu acredito muito em identidade: quem somos e como tratamos os outros, e não o que fazemos. Quem sou eu? Sou Sebastian. Pai de três crianças, marido de uma linda mulher. Sou curioso e facilmente fascinado por pessoas apaixonadas ou habilidosas. Sou obcecado com perfeição, sou tolerante e sinto que todos temos os mesmos direitos à vida, independente de como somos, de onde viemos e quem amamos. Amo estar do lado de fora. Amo a natureza e suas maravilhas. Sou teimoso e impaciente. Posso ser realmente irritante. Gosto de fazer as pessoas rirem, gosto de chocolate e o cheiro de pão fresco. Azul é minha cor favorita. Acredito em mudanças, e progresso, e que um pouco faz diferença. Sou otimista e acredito que as pessoas são boas. Ao lado das corridas, minha família cresceu e amo estar com eles. Arrumei outros interesses fora da F1. Minha paixão pelas corridas e a F1 vêm com muito tempo longe deles, e isso demanda muita energia. Me comprometer à minha paixão como fiz e pelo modo que achei certo não anda mais lado a lado com meu desejo de ser um bom pai e marido. A energia que depende para estar em uníssono com o carro e a equipe em busca de perfeição demanda foco e compromisso. Meus objetivos mudaram de vencer corridas e lutar por títulos para ver meus filhos crescerem, passar a eles meus valores, ajudá-los em suas quedas, ouvi-los quando eles precisam de mim, não ter que dizer adeus e, mais importante, poder aprender com eles e deixá-los me inspirar. As crianças são nosso futuro. Além disso, sinto que há muito para explorar e aprender sobre a vida, sobre mim mesmo. Falando do futuro, sinto que estamos em um momento decisivo, e como moldaremos os próximos anos determinarão nossas vidas. Minha paixão vem com certos aspectos que aprendi a desgostar, e que podem ser resolvidos no futuro, mas minha vontade de ir atrás cresceu muito, muito forte, e precisa virar ações hoje. Falar não é suficiente e não podemos nos dar ao luxo de esperar. Não há alternativas. A corrida já começou. Minha melhor corrida? Ainda está por vir. Acredito que vou seguir em frente. O tempo é uma via de mão única, e quero ir com o tempo. Olhar para trás apenas te desacelera. Mal posso esperar para correr nessas pistas desconhecidas e encontrar novos desafios. As marcas que eu deixei na pista ficarão até que o tempo e a chuva os apague. Nos serão colocados. O amanhã pertence aos que o moldam hoje. A próxima curva está em boas mãos, com a nova geração já aqui. Acredito que ainda há uma corrida a ser vencida. Adeus, obrigado por me permitirem dividir a pista com vocês. Amei cada parte disso."


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