O ex-piloto alemão considera que a entidade deve ser analisada por vazar dados da equipe antes mesmo de concluir a investigação.
Por: Alini Chaves, Setorista.
Após informações de um possível estouro do teto orçamentário de 2021 por parte da equipe Red Bull vir à tona - antes mesmo da finalização das investigações - durante o GP de Cingapura, o time demonstrou descontentamento com a divulgação precoce e afirmou que era um “dano à reputação".
“A FIA diz que não sabe (como se tornou público), mas é estranho que pontos de um processo em andamento, que ainda não foram esclarecidos, viraram públicos. É um dano à reputação”, disse o chefe da Red Bull, Christian Horner.
O ex-piloto Ralf Schumacher também não concorda com a forma em que a FIA levou a investigação e defende que a Federação deve ser investigada e, se necessário, que seja punida.
“O pessoal da FIA deve enfrentar uma investigação minuciosa sobre como isso é possível. Se a RBR infringiu regras, deveria sofrer penalidade proporcionalmente. Mas o que a FIA fez é inaceitável”, comentou Schumacher ao jornal Fórmula 1-Insider.
“Imagine se o Ministério da Fazenda sempre mantivesse certas empresas atualizadas sobre o estado das investigações dos concorrentes. Isso seria até criminoso”, acrescentou o ex-piloto de Fórmula 1.
“Tudo deve ocorrer de forma transparente; em caso de ofensa, a FIA também deve receber penalidade”, finalizou o alemão.
Na última segunda-feira (10), a entidade confirmou a infração por parte da equipe austríaca em menos de 5% do valor estipulado ($145 milhões para o ano de 2021), o que resultará em uma punição ‘leve’. A federação ainda não decidiu qual será a condenação da escuderia.
Em sua defesa, a RBR afirmou estar ‘surpresa’ e ‘desapontada’ com as conclusões da FIA e afirmou que irá avaliar as opções à disposição da equipe.
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