Com toda a imprevisibilidade existente na Fórmula 1, a correria que já estava grande para entregar novas atualizações tornou-se ainda maior quando na Austrália o carro de George Russell estacionou em chamas em frente à saída dos boxes.
Por: Anne Aguiar, Setorista.
O abandono de Russell na corrida em Melbourne gerou mais uma “pedra no sapato” da equipe, a qual levou duas semanas para descobrir o que de fato aconteceu com o carro 63. Desde Brackley, os funcionários tentaram salvar os componentes para que o britânico conseguisse usar a unidade de potência pelo menos durante as sextas-feiras de Treino Livre. Contudo, de acordo com o veículo de notícias alemão
Auto Motor und Sport, as esperanças acabaram após identificarem o ocorrido e analisarem que não haveria possibilidade de utilizar a UP por mais algumas semanas. Sendo assim, o jovem fará uso da sua segunda unidade ainda na quarta etapa do ano faltando 20 corridas para completar o calendário de 2023. Vale ressaltar que são disponibilizados apenas três motores por temporada sem gerar penalidades.
“Uma peça estranha se misturou no processo de combustão, o que acabou levando à queda de desempenho e à falha associada. Um fragmento foi responsável por isso. O motor consumiu os detritos em um cilindro, forçando a falha. O detrito veio de um componente que não faz parte da área vedada do motor. Os técnicos declararam que o motor de combustão e os elementos associados, como o turbocompressor e o MGU-H, foram perdidos. Ainda está sendo investigado se outros componentes podem ser salvos", afirmou o jornal.
Desde o ano passado pilotando brilhantemente dentro das condições apresentadas pelo monoposto, George terá um trabalho extra para recuperar esses pontos perdidos no início de abril, já que atualmente é o sétimo colocado com dois pontos de diferença para Carlos Sainz e Lance Stroll.
Entretanto, apesar do DNF sofrido, com o P2 de Lewis Hamilton o time conquistou o melhor resultado do ano em termos de desempenho enquanto segue na busca por avanços completos visando uma boa confiabilidade do W14 em pista. Com as semanas passando cada vez mais rápido, as fábricas tentam entregar um carro consistente assim como em Albert Park, mas dessa vez para a dupla mercedista. O objetivo do momento é chegarem fortes no Azerbaijão para que consigam diminuir o máximo possível de distância em relação à Aston Martin, que assumiu a vice-liderança com nove pontos de vantagem.
Mesmo com os tempos difíceis que estão sendo vividos pela octacampeã, seus pilotos já ressaltaram várias vezes neste ano o quanto querem ter a oportunidade de incomodar os primeiros colocados cada vez mais e, consequentemente, entrarem na briga por vitórias. Portanto, com novos desafios pela frente e a primeira Sprint Race a caminho, a espera por muita adrenalina e emoção está com os dias contados para acabar e logo o grid completo estará correndo pelas ruas de Baku.
Comments